A Divisão de Crimes Funcionais, da Corregedoria Geral da Polícia Civil, cumpriu nesta segunda-feira (4) os mandados de prisão preventiva decretados contra o motorista policial civil Edcarlos de Jesus Ferreira e o sargento PM Edinei Leal da Silva, ambos lotados em Mãe do Rio, no nordeste paraense. Eles são acusados dos crimes de sequestro com cárcere privado, extorsão e abuso de autoridade.
A prisão dos
policiais foi decretada pelo juiz Cristiano Magalhães Gomes, da Vara Única de
Mãe do Rio, após recebimento de denúncia do Ministério Público. Também tiveram
os mandados de prisão decretados o delegado Melquesedeque da Silva Ribeiro e
Janaina Barbosa de Souza, sobrinha do sargento, que estão foragidos. Os presos
já estão recolhidos no presídio Coronel Anastácio das Neves, no Complexo
Penitenciário em Americano, em Santa Izabel do Pará.
A denúncia
contra os acusados foi formulada, no último dia 1º, pela promotora de Justiça
de Mãe do Rio, Andressa Érika Ávila Pinheiro, após se convencer das provas de
crimes, em tese, praticados pelos policiais. Segundo a denúncia, no último dia
23 de março, Janaina, sobrinha do sargento, teve um telefone celular furtado e
comunicou o fato ao tio. O policial militar passou a diligenciar visando à
identificação do autor do delito, até que deteve, em 29 de março, um homem
acusando-o de ser suspeito do crime. O suposto autor do furto do celular foi
levado à Delegacia de Mãe do Rio, onde ficou detido de 9 horas da manhã até por
volta de 16 horas.
Conforme a
denúncia, nesse período, teria havido uma negociação entre os policiais e
familiares do suspeito. A avó do rapaz acusado do crime teria sido induzida a
ir até uma loja na cidade comprar um telefone celular, no valor de R$ 1,6 mil,
pagando em parcelamentos no cartão de crédito, para a sobrinha do militar. No
entanto, segundo a denúncia do MP, os policiais teriam exigido mais R$ 3 mil
para liberar o suspeito.
Ainda
segundo a denúncia, os familiares do rapaz chegaram a deixar uma moto com os
policiais como garantia até conseguirem levantar a quantia exigida e que teria
sido paga aos policiais, para que o suspeito fosse liberado. Conforme a
denúncia, o rapaz suspeito responde processo criminal na Justiça por crime de
furto em regime aberto e atualmente está sob monitoramento por tornozeleira
eletrônica.
Ao tomar conhecimento do fato, a promotora de
Justiça colheu os depoimentos das testemunhas e teve acesso à imagem da loja,
em que o sargento apareceria ao lado da avó e de uma tia do suspeito, para
comprar o celular. Ainda conforme o MPE, foi solicitado o rastreamento do
monitoramento eletrônico do suspeito. O levantamento mostrou que o suspeito não
esteve no local em que o celular foi furtado. Dessa forma, a promotora decidiu
preparar a denúncia das pessoas envolvidas e representar ao juiz com os pedidos
de prisão.
O POLICIAL FEZ SO A SUA OBRIGAÇÃO FALA COM ESSE PROMOTORA PRA LEVAR ESSE BANDIDO PRA CASA DELA QUE AI ELA VAI VER O QUE E CRIAR COBRA
ResponderExcluirEsse caso não me surpreende, minha surpresa foi a atitude do ministério publico, corregedoria e do juiz de mdr. Em mdr é comum policiais chegarem pobres se perpetuarem na cidade e melhorar substancialmente sua situação financeira. A cidade a anos está na mão de bandidos: fardados ou não e a população ficou refém dessa situação.
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