Os três acusados de integrar um grupo de milícia foram absolvidos pelo júri popular nesta quinta-feira (7), em Belém. Otacílio José Queiroz, policial reformado; Josias Siqueira Conceição, que está foragido; e do cabo Valdomiro Oliveira Barros Cañana eram reús na morte de Gleydson Gomes, de 37 anos. A falta de provas materiais e o não reconhecimento dos acusados pelas testemunhas sustentaram a absolvição do trio.
O júri ocorreu no Fórum Criminal de Belém, na Cidade Velha. A sessão foi presidida pelo juiz Edmar Pereira. Na acusação, atuou o promotor de justiça Edson Souza e em defesa dos acusados, os advogados Allan de Souza Barbosa, Omar Saré, Luiz Victor Araújo, Felipe Alves e Ivanildo Alves.
O crime aconteceu por volta de 1h da madrugada do dia 19 de janeiro de 2014, em frente à residência da vítima, localizada na passagem Joana Dar’c, no bairro Guamá. De acordo com testemunhas, os assassinos chegaram em um carro preto, desceram e efetuaram os disparos na direção de Gleydson, que morreu na hora.
À época, testemunhas teriam dito ainda que o carro foi conduzido pelo cabo da Polícia Militar Antônio Figueiredo, o “Cabo Pet”, assassinado no dia 4 de novembro de 2014. Após a morte de Pet, outras 10 pessoas foram assassinadas em cinco bairros de Belém durante a noite e madrugada do dia 5.
Consta da acusação que os réus integram grupo de milicianos cujo “único objetivo é executar bandidos”. A motivação do crime teria sido em razão da vítima ter tido uma desavença em um bar com o cabo Pet.
Na ocasião, o Cabo Pet teria sido baleado na perna pela vítima, tendo ficado com dificuldade de locomoção. Testemunhas relataram que desde então a vítima passou a ser ameaçada pelo grupo da milícia. Gleydson chegou a registrar boletins de ocorrência de tentativa de homicídio.
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