Francisco Andrade Alves, cunhado da empresária Irma Buchinger, que foi assassinada junto com o filho mais velho Ambrósio Buchinger e o marido, Luís Alves Pereira, em Altamira, no Pará, não acredita no envolvimento do sobrinho Henrique Buchinger, também filho do casal, no crime.
Na manhã desta quarta-feira (20), a Polícia Civil do Pará confirmou que suspeita da participação do rapaz nos assassinatos. Segundo o cunhado da vítima, a família não tinha desentendimentos e a relação sempre esteve em harmonia. "Nunca ninguém viu nenhuma discussão, estava tudo em harmonia. A gente acredita que ele seja inocente”, afirma Francisco.
Ainda de acordo com o tio, o jovem e a irmã
caçula estavam desesperados após o ocorrido e família ainda não conseguiu
conversar com os irmãos direito. “O que sabemos é que ele estava na casa de uns
amigos. A irmã voltou para Goiás onde ela faz faculdade. Ainda estamos
aguardando para falar com ele”, diz Francisco.
O jovem de 26 anos foi preso na última
terça-feira (19) em Goiânia (GO) e deve ser conduzido para o presídio regional
de Altamira. Outros três homens também foram presos e estão à disposição da
Justiça na mesma casa penal. As prisões ocorreram simultaneamente durante a
operação policial denominada "Iscariotes", de cumprimento de mandados
de prisão temporária decretados pela Justiça de Altamira. Os presos são
acusados de envolvimento direto nas mortes das vítimas.
Além de Henrique Buchinger Alves, também foram
presos Matheus de Oliveira Costa e Francisco Denis Leite, presos no bairro São
Joaquim em Altamira; Aguinaldo Soares, de apelido "Andrade", preso no
bairro Bom Remédio em Itaituba. Eles devem permanecer recolhidos no presídio
regional em Altamira à disposição da Justiça até que as investigações sejam
aprofundadas e poderão ter suas prisões preventivas solicitadas com o avanço
das investigações.
Entenda o caso
De acordo com a polícia, o casal de
empresários e os três filhos do casal, estavam na residência da família quando
criminosos invadiram a casa, na madrugada do último dia 7 de janeiro. Os
suspeitos renderam o casal e o filho mais velho e usaram fita adesiva e um
cadarço de sapato para matar as vítimas por asfixia.
Henrique e a irmã caçula foram algemados e
trancados no banheiro, mas conseguiram escapar por uma janela e pedir ajuda
para a polícia. A polícia não informou se a filha também teria envolvimento no
crime.O casal de empresários era proprietário de uma boutique de roupas que funcionava no mesmo endereço da residência. Após análise das imagens do circuito interno de segurança, o delegado Rodrigo Leão, superintendente da Polícia Civil na Região do Xingu, informou que de quatro a cinco pessoas chegaram em um carro e entraram na casa, mas devido à falta de qualidade da imagem não foi possível identificar nem as pessoas, nem a placa do veículo.
Os suspeitos fugiram levando o carro da filha do casal e abandonaram o veículo em um ponto distante 12 quilômetros de Altamira.
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