Evento marcado para o próximo dia 29 pretende possibilitar a cidadãos do oeste paraense acesso a informações sobre o projeto da usina São Luiz do Tapajós
O Ministério
Público Federal (MPF) publicou nesta terça-feira, 12 de janeiro, edital com
convite a todos os cidadãos de Santarém e região oeste do Pará para
participação em audiência pública sobre irregularidades e possíveis impactos da
hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, que o governo federal pretende instalar no
rio Tapajós.
A audiência
pública será realizada no próximo dia 29, a partir das 14 horas, no auditório
da Associação Comercial e Empresarial de Santarém (Aces), localizado na Praça
da Bandeira, 565, no centro de Santarém.
Com o
evento, o MPF pretende estimular o compartilhamento de dados úteis para que
sociedade regional possa conhecer mais aprofundadamente o projeto, suas
irregularidades e consequências.
A
programação da audiência pública prevê a apresentação de detalhes sobre o
processo judicial por irregularidades no licenciamento ambiental e
investigações do MPF sobre o projeto. Em seguida cientistas e outros
especialistas apresentarão as principais falhas e omissões nos estudos
ambientais.
Também serão
discutidos os principais impactos sociais, ambientais, econômicos e turísticos
decorrentes deste tipo de empreendimento. Pesquisadores e representantes do MPF
também apresentarão as irregularidades encontradas durante o planejamento e
instalação da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, e a possibilidade
de reincidência do mesmo tipo de ilegalidade no Tapajós. Especialistas também
debaterão a realidade energética brasileira.
O
público-alvo da audiência é toda a sociedade de Santarém e região, movimentos
sociais, organizações indígenas e de povos tradicionais, universitários, dentre
outros. Também serão convidados representantes do Ministério de Minas e Energia
(MME), do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Centrais Elétricas do Brasil
(Eletrobrás), das prefeituras de Santarém, Belterra, Aveiro e Itaituba, do
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Poder
Legislativo (federal, estadual e municipais) e do Poder Judiciário federal
(Santarém e Itaituba).
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