Na sentença foi determinado a perda dos cargos na corporação
Os policiais
militares Erika do Socorro Silva da Costa e Fagner Idres Guedes da Silva foram
condenados por crime de tortura contra as vítimas L. E. F. N.,P. V. M, C., suspeitos de roubo.
A sentença foi proferida pelo juiz Flavio Sanches Leão, titular da 7ª Vara
Penal de Belém, na tarde de quinta-feira, 19. As penas fixadas de 07 anos de
reclusão em regime inicial semi-aberto para Erika e 4 anos para Fagner
Idres. O juiz determinou a perda do
cargo de policiais em relação aos dois sentenciados.
A denúncia,
recebida em março de 2012, pelo promotor
de justiça Aldir Jorge Viana da Silva. atribui aos réus Erika do Socorro
Silva da Costa, Ryam Henrique Freitas
Moura e Fagner Idres Guedes da Silva a pratica do crime previsto no art.
1º, inc. II, da Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997 (lei de tortura). Também
foi denunciado Cláudio da Cruz Rodrigues de Lima, que teve extinta a
punibilidade em razão de óbito.
Consta da
acusação que no dia 13 de maio de 2011, os policiais militares Cláudio da Cruz
Rodrigues de Lima (já falecido), Ryam Henrique Freitas Moura e Fagner Idres
Guedes da Silva, comandados pela tenente Erika do Socorro Silva da Costa da 20ª
ZEPOL, após prenderem suspeitos de roubo, no bairro do Guamá, iniciaram uma
sessão de espancamento que se estendeu por cerca de nove horas, de 19h às 04h
da manhã.
A vítima do
roubo fora o PM Fagner Idres Guedes da Silva, tendo os assaltantes levado a
arma de fogo do militar. A policial
Erika da Costa “teria, primeiramente, recorrido ao uso de força desnecessária e
ilegal para efetivar a prisão dos suspeitos”.
Contra a
tenente Erika, a denúncia imputou, ainda, a agravante prevista no inciso I, do
§4º, do art. 1º da mesma Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997 (lei de tortura),
em razão de sua qualidade de agente pública.
Após a
prisão de cinco suspeitos, os policiais iniciaram uma sessão de agressões
físicas contra os suspeitos com apoio de alguns policiais da ROTAM, conduzindo
os presos para uma escadaria às proximidades do canal do Tucunduba, no bairro
do Guamá, dando início às agressões pelos réus, que se utilizaram de pedaços de
bambu e uma perna manca. A policial,
usando sua arma de fogo, ameaçava de morte as vítimas colocadas na viatura de
polícia. Depois, rodaram por várias seccionais e entregaram os presos na central
de flagrantes do bairro de São Braz.
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