Segundo o
Ibama, a lei exige que o carvão usado pela empresa para alimentar o forno na
produção de ferro e aço precisa ter sido extraído de áreas de reflorestamento,
mas a Siderúrgica Norte Brasil (Sinobras) teria comprado o produto de
carvoarias que fraudam documentos para dar legalidade à venda do carvão.
"Ela (a empresa) continua se abastecendo
de carvoarias que têm em suas origens áreas de florestas exploradas ilegalmente
e desmatadas ilegalmente", explica Hildemar Cruz, gerente do Ibama em
Marabá. Em 2015, após confirmar a existência do esquema, o Ibama embargou a
compra de carvão da siderúrgica.
"A empresa conseguiu uma liminar na
Justiça Federal, e em uma decisão de mérito, conseguimos reverter a decisão e
manter o embargo dela para que pudesse se regularizar. Dependendo do porte da
empresa e da gravidade do dano, que é prestar informações falsas ao sistema,
essa multa pode atingir até R$ 1 milhão", diz o gerente.
A Sinobrás informou em nota que vai continuar
colaborando com os agentes do Ibama para prestar qualquer esclarecimento, e
afirmou ainda que segue a legislação ambiental brasileira no que diz respeito à
utilização de carvão vegetal com comprovação de origem legal.
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