Moradores de
Goianésia do Pará, no sudeste paraense, interditaram a rodovia PA-150 na manhã
deste sábado (20) em protesto contra a violência no município. Eles reivindicam
mais policiamento e o esclarecimento dos assassinatos do vereador e prefeito da
cidade, mortos há menos de um mês. Nenhum suspeito foi preso e o presidente do
Partido Humanista da Solidariedade (PHS) no Pará, Igor Normando, pediu
providências da Secretaria de Segurança Pública (Segup) para esclarecer os
crimes.
Os
manifestantes bloquearam a via com um caminhão para impedir o tráfego de
veículos e chamar a atenção da sociedade para a insegurança na cidade. Após
três horas de interdição, a rodovia foi liberada por volta das 11h.
O vereador
José Ernesto da Silva Branco (PHS) foi assassinado a tiros na última
quinta-feira (18), em frente de um lava jato, e morreu na hora. A polícia já
ouviu testemunhas no inquérito que investiga o crime e está analisando as
imagens da câmera de segurança que teria registrado a fuga dos criminosos. Ele
foi o segundo político executado em menos de um mês na cidade de Goianésia do
Pará, que fica distante 350 km de Belém. Em janeiro, o prefeito João Gomes da
Silva, também foi morto, mas para a polícia ainda é cedo para dizer se existe
alguma relação entre os dois crimes. "É uma hipóteses também considerada
na investigação. O que se presume a princípio é que seja um crime que a gente
chama de ‘crime de mando’, de encomenda”, disse o delegado Silvio Maués.
A Segup
enviou para Goianésia do Pará 30 policiais civis e militares para ajudar nas
investigações e reforçar o policiamento da cidade. A morte do prefeito e do
vereador em um curto espaço de tempo assustou os moradores. “Chama atenção, não
é muito comum ter eventos consecutivos dessa natureza", disse ainda o
delegado.
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