De acordo com o jornal Folha de São Paulo, pelo menos 8 pessoas foram mortas na madrugada desta quarta-feira, 05, em Belém, depois que um cabo da ROTAM, foi morto a tiros na noite de ontem , no bairro do Guamá.
Desde a morte do policial, começaram a pipocar notícias nas redes sociais dando conta de que a Rotam estaria promovendo uma verdadeira chacina em Belém, para vingar o policial morto. A secretaria de Segurança Pública do Pará já confirmou 8 mortes.
A Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (ROTAM) é apontada como autora de uma chacina em Belém na madrugada de terça (04) para quarta (05) em retaliação à morte do cabo Figueiredo. O policial era conhecido pelos “esculachos” e execuções de muitos jovens nas periferias da cidade, fato que fez sua morte ser amplamente comemorada em diversos bairros periféricos.
Os números na internet ainda são pouco precisos mas um jornal local aponta pelo menos 20 mortos e o Centro de Perícias Renato Chaves em Belém já confirma pelo menos 4 das mortes em nota oficial. Segundo relatos da internet, os bairros Terra Firme, Guamá, Barão, Distrito, Tapanã, Marco, Jurunas, Bengui, Canudos e Cremação foram os que tiveram registros de tiros e policiais mascarados. Todos esses são bairros pobres da capital paraense.
No bairro da Terra Firme, o cobrador de ônibus Bruno de Souza Gemaque, de 20 anos, foi assassinado na rua São Domingos. Na passagem Brasília, a vítima foi um adolescente de 16 anos e, na passagem Gabriel Pimenta, Jefferson Cabral Reis, de 27 anos, também foi executado friamente.
A ROTAM anunciou a chacina em sua página oficial nas redes sociais e o sargento Rossicley Silva chegou a convocar “o máximo de amigos para dar resposta” através de seu Twitter pessoal.
O terror tomou conta de diversos bairros da região metropolitana de Belém do Pará nesta última madrugada. Após o assassinato de um policial, o cabo Figueiredo, membro da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam – PM), áudios e postagens em redes sociais anunciaram que haveria acerto de contas.
Durante toda a madrugada, denúncias ocuparam as redes sociais, relatando ações de milicianos em diversos bairros, gravações de áudios e videos com flagrantes das ações se espelharam. Há a informação – ainda não oficial – de que dezenas de pessoas teriam sido assassinadas.
Segundo relato de um morador da região e ativista de direitos humanos, os bairros afetados pela ação das milícias foram Terra Firme, Guamá, Barão,Distrito, Tapanã, Marco, Jurunas, Bengui, Canudos e Cremação, bairros majoritariamente negros.
Caso se confirme, será uma das maiores chacinas dos últimos tempos, e pior, devidamente anunciada.
A Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (ROTAM) realizou uma chacina em Belém na madrugada de terça (04) para quarta (05) em retaliação à morte do cabo Figueiredo. O policial era conhecido pelos “esculachos” e execuções de muitos jovens nas periferias da cidade, fato que fez sua morte ser amplamente comemorada em diversos bairros periféricos.
Os números na internet ainda são pouco precisos mas um jornal local aponta pelo menos 20 mortos e o Centro de Perícias Renato Chaves em Belém já confirma pelo menos 4 das mortes em nota oficial. Segundo relatos da internet, os bairros Terra Firme, Guamá, Barão, Distrito, Tapanã, Marco, Jurunas, Bengui, Canudos e Cremação foram os que tiveram registros de tiros e policiais mascarados. Todos esses são bairros pobres da capital paraense.
No bairro da Terra Firme, o cobrador de ônibus Bruno de Souza Gemaque, de 20 anos, foi assassinado na rua São Domingos. Na passagem Brasília, a vítima foi um adolescente de 16 anos e, na passagem Gabriel Pimenta, Jefferson Cabral Reis, de 27 anos, também foi executado friamente.
A ROTAM anunciou a chacina em sua página oficial nas redes sociais e o sargento Rossicley Silva chegou a convocar “o máximo de amigos para dar resposta” através de seu Twitter pessoal.
Arquivos de áudio também mostram um Policial Militar anunciando os bairros onde haveriam chacinas e alguns relatos de populares sobre o que está se passando no bairro Terra Firme, assim como os possíveis motivos das execuções em massa.
Áudio | “Hoje ninguém segura ninguém!” – Policial Militar anuncia os bairros onde ocorrerão as chacinas
“Meu tio é major e disse”, jovem comenta sobre retaliação e a ordem dos oficiais para matar.
“Muitos corpos no chão”, mulher comenta chacina na Terra Firme, um dos bairros com conflito mais intenso.
Essa chacina em Belém, promovida por policiais militares movidos pela sede de vingança, traz à tona a a completa ineficácia da guerra às drogas e a necessidade real de uma discussão séria sobre a legalização das drogas no Brasil. A motivação de todo esse sangue derramado foi a morte de um policial em confronto com o tráfico por força da guerra às drogas. Por sua vez, a morte desse policial foi comemorada em diversos bairros pobres da cidade pelo fato do mesmo ter promovido diversos “esculachos” e execuções nessas periferias empobrecidas. O que legitima isso? A necessidade de se “combater” as drogas. Legalizando, tira-se as drogas das mãos do tráfico e as coloca onde deve: dentro das drogarias.
Provavelmente os grandes noticiários ainda construirão suas narrativas a partir da “guerra necessária” contra o tráfico e exaltarão essa guerra sem lógica e os policiais mortos. Aos traficantes pobres, restará a legitimação de suas mortes. Afinal, para a grande mídia e consequentemente o senso comum, bandido bom é bandido morto e traficante tem mesmo é que morrer. E nessa guerra do bem contra o mal, quem continua pagando com suas vidas são os jovens negros e pobres das periferias que morrem dia após dia, chacina após chacina. Resta a pergunta: guerra às drogas até quando?
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