EXCELÊNCIA EM QUALIDADE
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
CAPITANIA DOS PORTOS REGISTROU 10 NAUFRÁGIOS NO PARÁ EM 2016
A Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) já registrou 10 naufrágios no Pará em 2016 e alerta para a falta de equipamentos de segurança, principalmente em pequenas embarcações. A situação contribui para tragédias como a morte de três crianças em Marabá, no sudeste do Pará, ocorrida após o naufrágio de uma embarcação no rio Tocantins.
A embarcação do tipo rabeta transportava onze pessoas no trajeto de retorno da Praia do Geladinho. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ninguém usava colete salva-vidas. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as causas do acidente e vai ouvir os depoimentos do dono da rabeta e dos sobreviventes do naufrágio.
"O pessoal quer pegar gente de qualquer jeito, quer lotar a canoa. E aí não sabe do canal, não sabe de nada, quer botar muitos meninos, quer atravessar o pedral de noite e aí dá esse problema que deu agora (naufrágio)", opina o rabeteiro Carlos Augusto. Tripulantes e passageiros que usam embarcações para chegar as praias de rio em Marabá, no sudeste do estado, também não fazem uso do colete.
Segundo a Marinha, uma equipe da CPAOR vistoriou 60 embarcações entre julho e agosto de 2016 em Marabá. Dez embarcações foram notificadas para corrigir irregularidades e duas foram apreendidas. A Marinha informou ainda que embarcações menores, como rabetas e voadeiras, não são obrigadas a terem registro na CPAOR, mas podem ser fiscalizadas.
"Toda embarcação tem uma capacidade máxima, o grande problema dessas embarcações que não são inscritas (na CPAOR) é que não há como o dono fazer um cálculo de quantas pessoas podem ser transportadas. O que a gente pede é um pouco mais de consciência para isso, não superlotar as embarcações e a utilização do colete alva vidas, que é fundamental neste aspecto", afirma Aristídes de Carvalho Neto, Capitão dos Portos da Amazônia Oriental.
O estado tem 20.000km de rios navegáveis, sem contar os furos e igarapés. O número é quase três vezes maior que os 7.800km de extensão total das rodovias do estado. A CPAOR estima que cerca de 60 mil naveguem pelos rios do Pará e o Capitão Aristídes Neto alerta para as medidas de segurança que podem evitar tragédias como a de Marabá.
"O grande problema é que as pessoas tem uma cultura do risco, onde elas esquecem que são as responsáveis para evitar esse tipo de acidente". diz o Capitão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário