Por meio de
nota publicada no site da CNBB (Confederação dos Bispos do Brasil), o Papa Francisco
aceitou, na sexta -feira, 25 de dezembro, o pedido de renúncia do bispo do
Xingu , Dom Erwin Kräutler, conforme previsto no Cânon 401, parágrafo primeiro,
do Código de Direito Canônico. Na mesma data, o Papa Francisco nomeou como
bispo da prelazia do Xingu o frei João Muniz Alves, OFM, atualmente guardião da
Comunidade de São Luís na arquidiocese de São Luís (MA). A publicação não
informou os motivos da renúncia do bispo Dom Erwin.
Dom Erwin
Krautler nasceu na Áustria, em 12 de julho de 1939; fez escola primária em
Koblach (1945-1951) e Feldkirch (1951-1958). Em 1958 a 1959 ingressou na Congregação
dos Missionários do Preciosíssimo Sangue, em Schellenberg, Principado de
Liechtenstein. Em Salzburgo realizou seus estudos de Filosofia (1959-1962) e
Teologia (1959-1965).
O Padre
Erwin foi vigário cooperador de Altamira (1965-1979); pároco de São Francisco
Xavier de Souzel (1979-1980); reitor da Escola Apostólica São Gaspar, Altamira,
(1967-1974); professor de Filosofia Educacional e Psicologia Educacional no
Instituto Maria de Mattias, Altamira (1966-1980);ecônomo da Prelazia do Xingu;
encarregado pastoral de Vila Vitória. Recebeu a cidadania brasileira em 1981.
Dom Erwin
vem sendo ameaçado e agredido inúmeras vezes há muitos anos devido à sua
atuação. Em 1987, um acidente de carro suspeito quase lhe tirou a vida numa
rodovia, e provocou a morte do padre Salvatore Deiana, que o acompanhava.
Suspeita-se que este acidente tenha sido forjado. Atualmente, Dom Erwin
Krautler é presidente do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e vive sob a
proteção de policiais militares do Estado do Pará.
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