Processo entrou na fase das alegações de acusação e defesa
O juiz da 12ª Vara Criminal de Belém, Sérgio Andrade de Lima, ouviu nesta quinta-feira testemunhas do processo de acidente no trânsito que matou José de Souza Trindade, 52 anos, e Cassyus Augusto Fonseca Ramos, 25 anos, envolvendo a advogada Darlene Pantoja da Silva, 27 anos. A advogada responde por homicídio culposo, quando não há intenção, cuja pena prevista é de até 4 anos de reclusão, podendo ser convertido em pena alternativa, além de pagamento de multa e perda de direitos políticos.
O processo entra agora na fase das alegações finais da acusação, representada pela promotora Márcia Beatriz Souza, e da defesa, representada pelo advogado Arnaldo Lopes, para apresentação das manifestações finais. Cada parte terá cinco dias para suas últimas alegações. A sentença será proferida pelo juiz que preside o processo, após os autos retornarem ao seu gabinete com essas manifestações.
No total foram ouvidas nove testemunhas, das quais oito da acusação e uma pela defesa da ré. A médica que atendeu a advogada, que foi socorrida e levada para um hospital particular, afirmou em juízo que a advogada não estava embriagada, contradizendo depoimento de testemunha de acusação que teria visto garrafa vazia de bebida alcoólica no local do acidente. A testemunha de acusação diz também ter visto um capacete de motociclista no local do acidente.
O laudo de levantamento do local teria encontrado uma garrafa de bebida alcoólica vazia, informando na pericia que o local não estava isolado sendo tomado por diversos mototaxistas que se juntaram no entorno do acidente.
Na audiência de continuação realizada hoje (a primeira ocorreu janeiro), foram ouvidas as duas testemunhas de acusação. Em seguida, a justiça colheu o depoimento da médica que atendeu a advogada após o acidente, quando esta foi conduzida ao hospital, após ser retirada das ferragens do carro. E por fim a denunciada foi interrogada.
O acidente que envolve Darlen Pantoja ocorreu por volta das 03h da madrugada do dia 27 de abril de 2014, no cruzamento das avenidas Alcindo Cacela com a Conselheiro Furtado. A advogada dirigia o veículo Celta que se chocou com um mototaxista que transportava um jovem. Os dois morreram no local e a condutora do Celta, presa nas ferragens, foi socorrida e levada para um hospital particular.
A defesa da ré garante que o mototaxista teria ultrapassado o sinal vermelho e que tanto ele quanto o carona estavam sem os capacetes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário