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sexta-feira, 19 de junho de 2015

MADEIREIRO É PRESO EM OPERAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL



Uma inspeção coordenada pelo Ministério Público Federal (MPF) e policiais militares em madeireiras e serrarias instaladas no quilômetro 50 da rodovia Transcametá, em Baião, no nordeste do Pará, terminou com a prisão em flagrante do proprietário de uma das serrarias. Caso seja processado e condenado, ele pode ser sentenciado à prisão de um a cinco anos, pelo crime de causar dano à unidade de conservação.

Segundo o MPF, o pátio da serraria estava repleto de madeira para beneficiamento e, de acordo com o depoimento dos funcionários, as toras viriam da região da Reserva Extrativista Ipaú-Anilzinho. O fato já havia sido denunciado ao órgão pelo Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Ao ser questionado sobre a origem da madeira, o dono da serarria não tinha nenhum documento que comprovasse a origem nem autorização para funcionamento.

No momento da fiscalização, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) foi consultado e confirmou que o funcionamento da madeireira era ilegal. O proprietário foi levado para a delegacia de Polícia Civil de Tucuruí. Ainda de acordo com o MPF, o processo deve tramitar em Belém porque o município de Baião, onde foi feita a prisão, fica na jurisdição da Justiça Federal na capital.

Além da madeireira envolvida, outras estão sendo investigadas pela extração ilegal de madeira na reserva. A Resex Ipaú-Anilzinho é uma unidade de conservação que permite o aproveitamento de recursos de maneira sustentável apenas pela comunidade que mora no local. Com 55.816 hectares, a reserva engloba seis comunidades: Espírito Santo, Anilzinho, Lucas, Fé em Deus, Xininga e Joana Peres. A população local sobrevive de agricultura, pesca, criação de animais e coleta de produtos florestais.

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