Em depoimento prestado esta semana na justiça federal, o ex-prefeito de Curionópolis, Sebastião Rodrigues de Moura, o Major Curió, revelou a justiça que foi o autor do assassinato de dois prisioneiros da Guerrilha do Araguaia, revolta armada criada no início da década de 70, de resistência ao regime militar.
A audiência
em segredo de Justiça ocorreu ontem na 1ª Vara Federal de Brasília, sob comando
da juíza Solange Salgado. Curió enviara atestado médico para não comparecer,
mas a juíza recusou e expediu mandado de condução coercitiva e a Polícia
Federal buscou Curió em casa.
Com a restrita
presença de advogados e de familiares das vítimas, o depoimento foi longo,
ocorreu entre 13h30 e 23h. Só tarde da noite o militar confessou os crimes.
O militar,
que era capitão à época, mas tido como o principal algoz da Guerrilha,
confessou ter matado os guerrilheiros Antônio Theodoro Castro, codinome Raul, e
Cilon Cunha Brun, o Simão. Mandou um capataz enterrar os corpos e indicou à
juíza a localização atual. Embora o militar esteja amparado pela anistia, as
revelações do depoimento vão nortear várias decisões da Justiça a respeito das
buscas de desaparecidos e desencadear mudanças editoriais nas obras já
publicadas até agora.
A audiência
foi tensa em alguns momentos, com acareações, bate bocas e intimidações. A
juíza preparou um questionário para Curió. Outros dois procuradores do MPF,
Felipe Fritz e Ivan Marx, também preparam questões – ao todo foram mais de 100.
O grupo vem estudando o caso há meses. Curió foi o mais temido militar atuante
na região do Araguaia durante o regime. Era capitão das tropas que aniquilaram
a guerrilha.
PRISÃO PERPÉTUA PARA ESSA CARA. MATOU POUCO, TEVE TODA OPORTUNIDADE DE TER LIVRADO O BRASIL DA MERDA QUE ATRAVESSA HOJE MATANDO A BANDIDA CLANDESTINA ESTELA, WANDA, LUIZA OU PATRICIA (NOME QUE DILMA USAVA).
ResponderExcluirQUERO SABER QUEM VAI INDENIZAR AS FAMILIAS RIBEIRINHOS QUE TEVE GENTE MORTA PELOS BANDIDOS DOS GUERRILHEIROS SOB O ARGUMENTO DE QUE MATARAM PARA NÃO SEREM DELATADOS.
AS VIDAS TEM O MESMO PREÇO, NÃO INTERESSA DE QUE CAMADA SOCIAL FAZ PARTE, QUAL A IDEOLOGIA QUE TEM, QUAL A BANDEIRA QUE CARREGA. GENTE É GENTE.