No mesmo júri o irmão dele foi absolvido, nesta quinta, 4, em Belém
Após dez horas de júri, presidido pelo juiz Edmar Pereira, o corpo de
jurados da 1ª Vara do Júri de Belém condenou o ex-vereador Luis Nunes
Gomes, conhecido como Gilberto Rayol, acusado de mandar matar Antonio
Martins dos Santos coordenador de Campanha do então prefeito reeleito de
Novo Repartimento, Bersajones Moura (PSB). Além de homicídio, Gilberto
Rayol também repondeu por tentativa de homicídio praticado contra o
filho da vítima. A pena aplicada ao condenado de 12 anos de reclusão
será cumprida em regime inicial fechado, numa penitenciária da Região
Metropolitana de Belém.
O irmão do ex-vereador Adonias Nunes Gomes, que também respondia pelo crime, foi absolvido por negativa de participação.
Os executores do crime, Cleiton Lima (Gaginho) e Fagner Ferreira Costa
(Capixabinha), já haviam sido julgados e condenados em sessão realizada
em 15 de setembro de 2011, sob a presidência do juiz Claudio Henrique
Rendeiro, do 3º Tribunal do Júri da Capital. O primeiro réu foi
sentenciado a 21 anos e 4 meses de prisão, enquanto o segundo pegou 22
anos e 7 meses de prisão em regime inicial fechado.
No júri presidido pelo juiz Edmar Pereira, atuou na acusação o promotor
de justiça Edson Souza, e na defesa dos réus, o advogado Omar Sare. O
júri dos acusados foi desaforado da comarca de Novo Repartimento para
Belém, pelos desembargadores das Câmaras Criminais Reunidas do TJPA,
para garantir segurança e isenção do júri.
Informações do processo dão conta que o ex-vereador teria contratado os
pistoleiros “Gaginho” e “Capixabinha” para matar o coordenador de
campanha do prefeito reeleito, Bersajones Moura. Um dos pistoleiros
invadiu a casa da vítima, e outro ficou do lado de fora. Na ocasião, a
mulher da vítima estava rezando na sala e ainda tentou proteger o
marido, atracando-se ao pistoleiro. O filho da vítima também chegou à
sala e procurou ajudar a mãe. O pistoleiro empurrou a mulher e efetuou
quatro disparos de arma de fogo tendo o coordenador morrido na hora e o
filho dele conseguiu sobreviver.
A Polícia apontou que a provável motivação do crime seria a impugnação
da candidatura para reeleição do vereador Gilberto Rayol pela Justiça,
por conta de uma ação judicial impetrada por Antonio Martins dos Santos,
que à época ocupava o cargo de diretor do Departamento de Tributos da
Prefeitura de Novo Repartimento. Rayol teve reprovadas as contas de sua
gestão como presidente da Câmara.
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