No portal Terra, hoje (5):
Em meio às recentes denúncias de corrupção, a Petrobras realizou uma
auditoria interna sobre o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
(Comperj) que apontou que a empresa teve prejuízo de mais de R$ 1 bilhão
na refinaria. Isso porque a estatal comprou parte dos equipamentos
antes de definir o modelo de negócio local, o que a obrigou a investir
mais para evitar a deterioração. As informações são da Folha de S.
Paulo.
De acordo com o jornal, funcionários da empresa relataram "pressões" das diretorias de Serviços e Abastecimento da estatal (chefiadas por Renato Duque e Paulo Roberto Costa) para acelerar aquisições e obras do Comperj. Por isso, as compras de equipamentos começaram em abril de 2010, enquanto, segundo o relatório, "ainda era discutido o modelo de negócio para as utilidades e para a unidade de geração de hidrogênio, essenciais para a entrada em operação da refinaria".
A refinaria, no entanto, deve começar a produzir apenas em agosto de 2016. Para preservar todos seus equipamentos, já foram gastos mais de R$ 1 bilhão.
Ainda segundo a Folha, também foi apontada irregularidade na maior contratação do texto, no valor de R$ 3,8 bilhões, feita com o consórcio formado pelas empresas Odebrecht, UTC e Toyo. Para a auditoria, "as falhas de gestão, problemas de planejamento e de coordenação na execução do projeto podem ter contribuído para facilitar a ocorrência de eventuais ações criminosas" sob apuração na Operação Lava Jato.
O relatório foi concluído no último mês de novembro e enviado à força-tarefa da operação em dezembro.
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