Os senadores Renan Calheiros, Delcídio Amaral e Jader Barbalho podem vir a ser alvo de novo inquérito no STF (Foto: Montagem com imagens de Waldemir Barreto/Agência Senado, Moreira Mariz/Agência Senado e Jefferson Rudy/Agência Senado)
Em outro
pedido, o chefe do Ministério Público quer investigar Renan, Jader e o deputado
federal Aníbal Gomes (PMDB-CE). Nas duas solicitações de abertura de inquérito,
as suspeitas são de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.Os pedidos estão em
segredo de Justiça e se baseiam em petições ocultas – procedimentos adotados no
Supremo para manter em sigilo as delações premiadas.
A delação
homologada em data próxima à do pedido de investigação é a do lobista Fernando
Soares, o Fernando Baiano, acusa de ser um dos lobistas do PMDB no esquema de
corrupção que atuava na Petrobras. O PMDB nega a acusação. Se os dois
inquéritos forem abertos, Renan será alvo de cinco inquéritos da Lava Jato.
Delcídio do Amaral será investigado em duas apurações.
Jader
Barbalho até então não figurava na lista de investigados da Operação Lava Jato.
Se o Supremo autorizar a investigação, o total de investigados na Operação Lava
Jato vai a 68 – 23 deputados, 14 senadores, 1 ministro de Estado e 1 ministro
do Tribunal de Contas da União.
Atualmente,
são 31 inquéritos abertos no Supremo e quatro pedidos de abertura de inquérito
pendentes – os dois que chegaram nesta segunda-feira e mais dois contra o
senador Fernando Collor de Mello, que chegaram há duas semanas.
Por meio de
sua assessoria de imprensa, Renan Calheiros reiterou que suas relações com as
empresas públicas "nunca ultrapassaram os limites institucionais" e
que o senador "nunca autorizou, credenciou ou consentiu" que seu nome
fosse utilizado por terceiros
A assessoria
do presidente do Senado informou, ainda, que ele já prestou os esclarecimentos
necessários, mas que está à disposição para novos informações, se for o caso. A
assessoria de imprensa de Delcídio do Amaram informou que o advogado do senador
precisará se inteirar do caso para divulgar um posicionamento. O senador Jader
Barbalho informou desconhecer a situação. "Estou tomando conhecimento por
você. Não tenho nenhuma manifestação a fazer por desconhecer qualquer razão
[para abertura de investigação]".
O G1 tentou
contato com a assessoria de Aníbal Gomes e com o advogado dele, mas até a
última atualização desta reportagem ainda não havia obtido resposta.
PROCURADOR DA REPÚBLICA PEDE
AUTORIZAÇÃO DO SUPREMO PARA INVESTIGAR JADER BARBALHO, RENAN CALHEIROS E
DELCIDIO AMARAL
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu nesta segunda-feira (30) ao
Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de mais dois inquéritos na Operação
Lava Jato para investigar os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) – presidente
do Senado – Delcídio do Amaral (PT-MS), e Jader Barbalho (PMDB-PA).
Em outro
pedido, o chefe do Ministério Público quer investigar Renan, Jader e o deputado
federal Aníbal Gomes (PMDB-CE). Nas duas solicitações de abertura de inquérito,
as suspeitas são de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.Os pedidos estão em
segredo de Justiça e se baseiam em petições ocultas – procedimentos adotados no
Supremo para manter em sigilo as delações premiadas.
A delação
homologada em data próxima à do pedido de investigação é a do lobista Fernando
Soares, o Fernando Baiano, acusa de ser um dos lobistas do PMDB no esquema de
corrupção que atuava na Petrobras. O PMDB nega a acusação. Se os dois
inquéritos forem abertos, Renan será alvo de cinco inquéritos da Lava Jato.
Delcídio do Amaral será investigado em duas apurações.
Jader
Barbalho até então não figurava na lista de investigados da Operação Lava Jato.
Se o Supremo autorizar a investigação, o total de investigados na Operação Lava
Jato vai a 68 – 23 deputados, 14 senadores, 1 ministro de Estado e 1 ministro
do Tribunal de Contas da União.
Atualmente,
são 31 inquéritos abertos no Supremo e quatro pedidos de abertura de inquérito
pendentes – os dois que chegaram nesta segunda-feira e mais dois contra o
senador Fernando Collor de Mello, que chegaram há duas semanas.
Por meio de
sua assessoria de imprensa, Renan Calheiros reiterou que suas relações com as
empresas públicas "nunca ultrapassaram os limites institucionais" e
que o senador "nunca autorizou, credenciou ou consentiu" que seu nome
fosse utilizado por terceiros
A assessoria
do presidente do Senado informou, ainda, que ele já prestou os esclarecimentos
necessários, mas que está à disposição para novos informações, se for o caso. A
assessoria de imprensa de Delcídio do Amaram informou que o advogado do senador
precisará se inteirar do caso para divulgar um posicionamento. O senador Jader
Barbalho informou desconhecer a situação. "Estou tomando conhecimento por
você. Não tenho nenhuma manifestação a fazer por desconhecer qualquer razão
[para abertura de investigação]".
O G1 tentou
contato com a assessoria de Aníbal Gomes e com o advogado dele, mas até a
última atualização desta reportagem ainda não havia obtido resposta.