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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Vigilantes denunciam calote do Estado

Três vigilantes lotados na escola estadual Izabel Amazonas, colégio localizado na cidade de Ulianópolis, no sudeste paraense, procuraram a reportagem de O Regional para denunciar que foram contratados pelo diretor da escola em janeiro deste ano, sendo que até hoje, cinco meses depois, ainda não receberam seus vencimentos.
O vigia Edmundo Ferreira dos Santos, maranhense, 35 anos, disse à imprensa que foi contratado, no início do ano, pelo diretor da Escola, Cícero James, que foi demitido há cerca de dois meses atrás. Edmundo disse que passou a trabalhar no colégio e que o diretor disse ao mesmo que ele teria que aguardar cerca de dois meses até a papelada tramitar na Casa Civil do Estado, em Belém.
Depois que o diretor foi demitido, Edmundo continuou a trabalhar normalmente, juntamente com os vigilantes Carlos Roberto Azevedo Leite e Edivaldo Silva, na esperança de que o Estado efetivasse os mesmos na folha de pagamento.
Na semana passada, já com cinco meses de vencimentos atrasados, os vigilantes foram chamados pela coordenadora pedagógica, Tânia Marcia, para cessarem as atividades, até que a situação fosse definida. “Estamos passando por sérias dificuldades. Temos família para sustentar”. Desabafa Edmundo Santos, que entrou em depressão depois que foi dispensado da escola.
Procurada por O Regional, a coordenadora pedagógica, Tânia Márcia, disse que não estava autorizada a falar sobre o assunto, pois, não era diretora do colégio. “Estamos aguardando a posição do Estado”. Disse Márcia ressaltando que a questão estava sendo conduzida pela diretora da 18ª URE, Rosemayre Barros Nascimento, sediada em Mãe do Rio.
Por telefone, a diretora da 18ª URE informou que está aguardando uma definição da Casa Civil. Rosemayre Nascimento declarou que entende a situação dos vigilantes e que acredita que a questão será resolvida até o final deste mês. “Até o fim do mês devem estar saindo os contratos. Eles vão receber os atrasados, inclusive horas extras trabalhadas”. Garantiu a diretora.
Para a reportagem, os vigilantes disseram que estão preocupados por conta de nunca terem entrado na folha de pagamento ou recebido qualquer contrato. “Nós trabalhamos e queremos receber”. Afirmou um dos trabalhadores.

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