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quinta-feira, 23 de julho de 2009
JUSTIÇA PRONUNCIA PRESIDENTE DA CAMARA
O juiz titular da comarca de Ulianópolis, Thiago Tapajós Gonçalves, pronunciou a vereadora Marta Resende Soares, atual presidente da Câmara de Vereadores, acusada de ser a mandante da tentativa de homicídio praticada contra o mototaxista Carlos Alves de Lima, crime ocorrido no dia 09 de março de 2005.No ano passado a vereadora já havia sido pronunciada pelo magistrado, juntamente com os pecuaristas Davi Resende e Lindomar Resende Soares e ainda o comerciante José Ernesto Machado, sob a acusação de serem os mandantes do assassinato do marceneiro Silvério José Lourencine, executado com tiros na cabeça na noite de 04 de novembro de 2004 em uma praça no centro da cidade.Em ambos os casos Marta Resende teve a prisão decretada, juntamente com os demais acusados, permanecendo na condição de foragida por cerca de um ano. Atualmente, todos respondem aos processos em liberdade, com exceção dos executores dos crimes que estão encarcerados em Belém e na cidade de Imperatriz, no Estado do Maranhão.Com relação a decisão do juiz Thiago Tapajós a vereadora está recorrendo da sentença de pronúncia aguardando decisão do TJE. Na última pronuncia Marta Resende é acusada de tramar a morte de um ex-namorado o mototaxista Carlos Lima.Conforme consta nos autos no dia do crime a vítima foi levada para uma emboscada e alvejada a tiros de espingarda nos arredores da zona periférica do município. Dias depois, a justiça decretou a prisão dos nacionais Carlos Antonio Passos da Silva, Marco Antonio Alves Barroso e também da vereadora Marta Resende Soares.Em depoimento prestado à polícia um dos executores do crime Carlos Antonio Silva disse que foi contratado para fazer o “serviço” por intermédio de um homem conhecido por “Ceará” que seria amigo pessoal da vereadora. Alguns meses depois da tentativa de homicídio “Ceará” foi assassinado dentro de uma churrascaria na cidade de Açailândia, no Maranhão.Contra a acusada pesam ainda várias interceptações telefônicas de contatos mantidos entre a mesma e os executores do crime, ligações estas que corroboraram para a decretação das prisões. A exemplo da primeira pronúncia envolvendo Marta Resende, o Ministério Público deverá pedir à justiça o desaforamento do julgamento como medida de garantia de isenção da formação do corpo de jurados face a influência da família Resende no sudeste paraense.
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