JURI ABSOLVE ACUSADO DE TENTAR MATAR MENOR
Presidido pelo Thiago Gonçalves Tapajós, o Conselho de Sentença absorveu o réu, Antonio Sousa Amaral, acusado dos crimes de tentativa de homicídio e atentado violento ao pudor, contra a então adolescente Vania Gonçalves da Silva.
No dia do crime, na madrugada de 28 de março de 2007, a vítima foi arrastada para um matagal, de propriedade da madeireira SOMA, situada no Centro de Ulianópolis, e em seguida foi violentada sexualmente e espancada com violência.
Os algozes de Vania Gonçalves usaram um pedaço de madeira desfigurando-lhe a face, fraturando o seu maxilar, causando-lhe traumatismo craniano. Encontrada na manhã seguinte desacordada a vítima foi socorrida por seus familiares e encaminhada para o Hospital Municipal de Ulianópolis. Naquela Unidade Hospitalar como se tratava de caso grave o médico Guilherme Conde, que atendeu a mesma, a encaminhou para o Pronto Socorro Municipal de Belém, onde ficou internada por 23 dias, em estado grave.
Quando se recuperou dos ferimentos a vítima compareceu ma Delegacia de Polícia para narrar os fatos e apontar os seus agressores. Depois de ouvir o relato da adolescente o delegado Marco Antonio Oliveira representou pela prisão preventiva dos acusados Elson Silva de Carvalho e Antonio Sousa Amaral que foi decretada pela juíza Andrea Ferreira Bispo.
Depois de presos um dos acusados Elson Silva de Carvalho fugiu da cadeia de Ulianópolis, sendo que Antonio Sousa Amaral permaneceu por 11 meses, quando obteve livramento condicional.
A acusação patrocinada pelo promotor de justiça Flaklin Jones Vieira e pela Assistência de Acusação advogada Joseane Barbosa de Sousa sustentaram a tese de autoria de tentativa de homicídio e atentado violento ao pudor, pedindo a condenação do acusado. “A sociedade de Ulianópolis não pode mais tolerar crimes sexuais contra menores”, alertou o representante do Ministério Público.
O advogado Walter Almeida que atuou na defesa, sustentou a inocência do réu, ressaltando que além de não ter cometido o crime, seu cliente foi vítima de “prisão ilegal por parte da polícia civil de Ulianópolis”. “Isso foi uma grande arbitrariedade”, disse o advogado.
Após a fase de debate, onde defesa e acusação fizeram suas manifestações, o Conselho de Sentença, reunido na Sala Secreta, acatou a tese da defesa, votando pela absolvição de Antonio Sousa Amaral.
PRESO TRAFICANTE QUE MATOU E QUEIMOU DOMÉSTICA
A equipe do delegado Marco Antonio Oliveira, titular da Delegacia de Polícia de Rondon do Pará, prendeu na manhã de ontem, o nacional Hélio Gomes Bispo, vulgo “Hélio”, maranhense, 26 anos, solteiro, acusado de assassinar e queimar a doméstica, Josilena da Silva Lopes, a “Nega”, 28 anos, que seria ex-companheira do acusado, crime ocorrido no dia 06 de junho, no bairro Jaderlândia, zona periférica da cidade.
Após o juiz Gabriel Costa Ribeiro decretar a prisão de Hélio Bispo, o delegado Marco Antonio destacou os investigadores Carlos Prestes e De Leconn para investigar o paradeiro do acusado, no sentido de localizá-lo e dar cumprimento ao mandado de prisão, expedido pelo magistrado.
Através de depoimento prestado à polícia, por vizinhos da vítima, os policiais localizaram uma irmã do acusado que forneceu informações sobre o paradeiro do acusado que estaria escondido na cidade maranhense de Vila Nova dos Martírios que fica a 20 km do município de Abel Figueiredo.
Para a polícia a irmã de Hélio, a doméstica Edileuza Maria da Conceição Gomes Silva, maranhense, do lar, 28 anos, disse que não tinha um bom relacionamento com o acusado, pois, depois do falecimento da genitora de ambos, Hélio Gomes chegou a ameaçá-la com uma arma terminando por expulsà-la de casa juntamente com seus dois filhos menores.
Depois de colhido o depoimento da doméstica a polícia seguiu em diligência para Vila Nova dos Martírios não conseguindo localizar Hélio Bispo. Naquele município, os policiais foram informados que o homicida teria fugido para a cidade maranhense de Açailândia, sendo que os policiais rumaram para a referida cidade, efetuando a prisão do mesmo em via pública.
Na delegacia, na presença do delegado Marco Antonio Oliveira, Hélio Bispo assumiu a autoria do crime e contou todos os detalhes da barbárie praticada contra a dona de casa Josilena Lopes, a “Nega”.
Sem demonstrar qualquer arrependimento Hélio disse que não era amante da vítima e que a matou por vingança uma vez que “Nega”, há algum tempo atrás teria participado de um plano para assassiná-lo, em conluio com o ex-companheiro da mesma, o traficante conhecido como “Cláudio” que foi assassinado no início do ano em Marabá.
Hélio disse ao delegado que no dia do crime, por volta de 5 horas da manhã, esperou a vítima entrar em casa quando retornava de uma festa dançante. Como estava embriagada, “Nega” adormeceu no sofá da sala, ocasião em que Hélio entrou na casa, amarrou as mãos e amordaçou a vítima, tocando fogo na casa em seguida.
Para a autoridade policial Hélio disse ainda que não sabia que havia uma criança no interior da residência. Demonstrando frieza, o acusado ressaltou ainda que após tocar fogo na casa pulou o muro que fica nos fundos da residência, retornando cerca de 30 minutos depois e simulando, para os vizinhos que também tentava apagar o incêndio.