sexta-feira, 26 de junho de 2009

JORNAL O REGIONAL EDIÇÃO 39 JUNHO 2009 PAG. 07

ASSASSINOS DE PADRASTO CONTINUAM PRESOS
Uma denúncia registrada por um vizinho, apresentando sintomas de embriaguez alcoólica, levou a polícia de Paragominas a desvendar um crime macabro, envolvendo uma família inteira. No início da noite de sábado, 30, um morador do bairro Jaderlândia, zona periférica de Paragominas, procurou o delegado Rafael Silva, de plantão na seccional, para denunciar que seu vizinho Jonhes Nunes dos Santos, 55 anos, maranhense, fora assassinado pela própria família.
Aparentando ter consumido álcool, o vizinho, que pediu para não ser identificado, disse ainda aos policiais que achava que os filhos da esposa da vítima haviam ocultado o cadáver dentro de um dos cômodos da casa.
A testemunha disse aos policiais que seu vizinho estava desaparecido desde a noite de terça-feira, 26, e que, desde então, os seus enteados estavam circulando em seu carro e fazendo “farra” pela cidade. “Eles estavam comemorando a morte do velho”. Disse o vizinho ao delegado Rafael Silva.
Inicialmente, a polícia não considerou as declarações do denunciante, em vista de seu visível estado de embriaguez, porém, em face da riqueza de detalhes fornecidos pelo vizinho, o delegado Rafael Silva designou uma equipe de policiais para se dirigirem até o local para checar os fatos.
Chegando à residência, os investigadores Evandro, Fábio e Renato foram recebidos pela esposa da vítima, Lindalva dos Santos da Silva, 38 anos, maranhense, doméstica. Indagada pelos policiais sobre o paradeiro de Jhones Nunes, a mesma disse que o marido havia “viajado” há cerca de três dias, não sabendo explicar qual o destino e se o mesmo tinha saído de casa acompanhado por outra pessoa. Desconfiados, os policiais passaram a inquirir os outros moradores da casa, que se mostraram muito nervosos, quando perguntados sobre o paradeiro da vítima.
Em dado momento, quando a polícia conversava com um dos filhos da doméstica, uma criança de seis anos, que morava na casa, se aproximou e disse “mataram o seu Jonhes”, fato que chamou a atenção dos investigadores.
Com o intuito de esclarecer a situação, os investigadores convidaram os dois filhos da doméstica para comparecer na Depol de Paragominas, para prestar depoimento.
Levados para a 13ª. Seccional de Paragominas, depois de vários depoimentos prestados ao escrivão Renato, todos eivados de contradições e incertezas, um dos enteados da vítima, Leidivan dos Santos da Silva, maranhense, 22 anos, resolveu contar a verdade e assumir a autoria do assassinato. Segundo ele, Jhones Nunes foi assassinado por ele, com a ajuda de seu irmão, David dos Santos Silva, 21 anos, maranhense. Ele disse aos policiais que a vítima foi morta a pauladas e facadas na noite de terça-feira, 26, após uma breve discussão com o irmão, Davi Silva, originada porque Jhones teria ordenado a Davi que diminuísse o volume de uma caixa de som, fato que acabou motivando a agressão.
Leidivan contou que quando viu o padrasto discutindo com seu irmão se armou com um pedaço de pau, desferindo uma violenta pancada na cabeça da vítima, que caiu no chão. Em seguida, Leidivan pegou uma faca e desferiu vários golpes que atingiram a barriga e o peito de Jhones, que morreu minutos depois.
Depois que o enteado confessou o assassinato, foi a vez do filho mais novo, Davi Silva e da mulher do acusado relatar o crime aos policiais. Davi Silva ratificou as declarações de seu irmão, afirmando que não agrediu o padrasto. “Quem esfaqueou e deu a pancada na cabeça foi meu irmão”. Disse.
A companheira da vítima, a doméstica Lindalva dos Santos disse que o assassinato aconteceu depois de uma briga entre seu filho e Jhones Nunes, que teria ameaçado quebrar a caixa de som de seu filho. Sem demonstrar arrependimento ou remorso, a companheira de Jhones disse à polícia que a vítima era uma pessoa violenta e que era constantemente espancada pelo marido.
Depois de confessar o assassinato, Leidivan Silva forneceu os detalhes de como a família ocultou o cadáver. Segundo ele, após a morte de Jhones, a mãe trancou as mulheres da casa em um quarto, até que ela e os filhos decidissem o que fazer com o cadáver do companheiro, que estava no chão, dentro do quarto do casal. Para a polícia, os assassinos contaram que consumiram cachaça e vinho, depois que mataram Jhones Nunes.

LOCAL USADO PARA ENTERRAR O CORPO FOI TRANSFORMADO EM BANHEIRO
Depois da morte, que teria ocorrido por volta de 9 horas da noite, a mãe e os dois filhos passaram a noite discutindo o que seria feito com o corpo da vítima. Conforme versão dos acusados, no dia seguinte, por volta de 8 horas da manhã, Leidivan e Davi Silva começaram a cavar um buraco no quintal da casa, para ocultar o cadáver de Jhones.
Quando terminaram de cavar, os dois irmãos colocaram um plástico na cabeça da vítima e enrolaram o corpo em uma rede, jogando-o em seguida dentro do buraco. Depois que enterraram o cadáver, os dois irmãos colocaram duas tábuas no local e cobriram toda a área com cimento. Conforme versão de um dos criminosos, todo o trabalho de ocultação do corpo, que teria começado às 8 da manhã, só terminou por volta de 12:30.
Em contato com a reportagem de O Liberal, o delegado Rafael Silva, que preside o inquérito, disse que acredita que todas as pessoas da família, 8 pessoas no total, estão, de alguma forma, envolvidas no crime, uma vez que nenhum membro comunicou o fato a polícia. “Uma criança de 6 anos disse que a vitima havia sido morta” Afirmou o delegado.
Depois da confissão dos acusados, o delegado Rafael Silva determinou que sua equipe se deslocasse para a residência, juntamente com os criminosos, para que os mesmos apontassem onde o corpo de Jhones Nunes havia sido enterrado. A equipe de O Liberal acompanhou todo o trabalho da polícia, desde a prisão dos autores do crime até a exumação do corpo, ocorrida na madrugada de domingo, 31.
No local, uma grande quantidade de curiosos aguardava a chegada da polícia na ânsia de ver os criminosos e o corpo da vítima. Dentro da casa, algemados, os dois irmãos mostraram aos policiais o quarto onde o padrasto havia sido morto e recapitularam tudo que ocorreu dentro da casa, nos momentos que antecederam o crime.
Um dos homicidas indicou aos policiais onde estava escondida a faca usada para golpear Jhones. Durante os trabalhos de exumação, uma das filhas de Lindalva Silva, Daniele dos Santos Silva, disse a O Liberal que o casal vivia maritalmente a cerca de 2 anos e que sua mãe conheceu Jhones Nunes em uma feira, onde sua genitora trabalhava vendendo produtos. Danielle disse ainda que sua mãe não tinha nenhum filho com a vítima, sendo que após se conhecerem, toda a família se mudou para a casa onde ocorreu o crime, que pertencia a vítima.
Uma das principais linhas de investigação da polícia aponta para um possível crime de natureza premeditada, uma vez que vizinhos afirmam que a família pretendia se livrar da vítima para se apossar de seus bens. Aparentemente, pelas fotos na parede da casa, a vítima viajava muito e possuía, além da casa, um bar ao lado da residência e um carro, que passou a ser usado pelos enteados logo depois que os mesmos mataram Jhones Nunes.
Enquanto a reportagem conversava com as pessoas da casa, os dois irmãos mostravam o local exato onde o corpo havia sido enterrado. Logo em seguida, o delegado determinou que os agentes retirassem as algemas para que os irmãos cavassem o buraco, uma vez que só os criminosos sabiam em que posição o cadáver havia sido enterrado e a profundidade do buraco.
Para desenterrar e retirar o corpo, os dois irmãos gastaram cerca de 3 horas de tempo, sendo que os trabalhos foram dificultados pelo cimento, barro e a baixa iluminação do local. Apesar de ter sido enterrado há mais de 3 dias, o corpo de Jhones Nunes ainda estava em perfeito estado, apenas exalando mau cheiro. O cadáver estava sem camisa, trajando apenas uma calça jeans.
Depois de retirado do buraco, uma guarnição da polícia militar removeu o corpo para o necrotério do Hospital Municipal de Paragominas. Na delegacia da cidade, os enteados da vítima, Davi e Leidivan Silva, e ainda a genitora de ambos, Lindalva Silva, permanecem presos a disposição da justiça.
Em contato com O Liberal, o delegado Rafael Silva disse que todos os membros da família serão ouvidos em depoimento. “É provável que outros filhos e até a própria mãe tenham ajudado na morte e na ocultação do cadáver” Afirmou o delegado.
Depois da morte, que teria ocorrido por volta de 9 horas da noite, a mãe e os dois filhos passaram a noite discutindo o que seria feito com o corpo da vítima. Conforme versão dos acusados, no dia seguinte, por volta de 8 horas da manhã, Leidivan e Davi Silva começaram a cavar um buraco no quintal da casa, para ocultar o cadáver de Jhones.
Quando terminaram de cavar, os dois irmãos colocaram um plástico na cabeça da vítima e enrolaram o corpo em uma rede, jogando-o em seguida dentro do buraco. Depois que enterraram o cadáver, os dois irmãos colocaram duas tábuas no local e cobriram toda a área com cimento. Conforme versão de um dos criminosos, todo o trabalho de ocultação do corpo, que teria começado às 8 da manhã, só terminou por volta de 12:30.
Em contato com a reportagem de O Regional, o delegado Rafael Silva, que preside o inquérito, disse que acredita que todas as pessoas da família, 8 pessoas no total, estão, de alguma forma, envolvidas no crime, uma vez que nenhum membro comunicou o fato a polícia. “Uma criança de 6 anos disse que a vitima havia sido morta” Afirmou o delegado.
Depois da confissão dos acusados, o delegado Rafael Silva determinou que sua equipe se deslocasse para a residência, juntamente com os criminosos, para que os mesmos apontassem onde o corpo de Jhones Nunes havia sido enterrado. A equipe de O Regional acompanhou todo o trabalho da polícia, desde a prisão dos autores do crime até a exumação do corpo, ocorrida na madrugada de domingo, 31.
No local, uma grande quantidade de curiosos aguardava a chegada da polícia na ânsia de ver os criminosos e o corpo da vítima. Dentro da casa, algemados, os dois irmãos mostraram aos policiais o quarto onde o padrasto havia sido morto e recapitularam tudo que ocorreu dentro da casa, nos momentos que antecederam o crime, mostrando o local exato onde o corpo havia sido enterrado.
Os homicidas continuam presos a disposição da Justiça.

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